A VERDADEIRA "Cultura do Estupro" do Brasileiro!





Mas, por favor, tentem assistir o vídeo
do link antes de ler este texto!

 Dito isso... Vamos tratar de coisas

 terrivelmente dolorosas.

Deixo o alerta aqui!

Sejam fortes... Mas sigamos:


  • A cada HORA: 5 crianças são estupradas!

  • A cada 12 MINUTOS: 1 criança é violentada sexualmente!


Ana Paula Padrão tem usado sua voz e suas redes sociais para clamar por um dos temas mais dolorosos do Brasil. Ela não fala de um lugar teórico, mas de um lugar de indignação frente a uma realidade brutal que muitos preferem ignorar. O cerne da mensagem dela é um soco no estômago: enquanto setores da sociedade e do Congresso tentam criar um pânico moral em torno de um suposto "abuso do direito ao aborto", estamos falhando colossalmente em enfrentar a verdadeira epidemia que devora nossas crianças e mulheres – a do estupro.

Ela vai direto aos números, usando dados oficiais para mostrar que a crise é real, enche estatísticas e destrói vidas silenciosamente, é a crise da violência sexual. A tal "cultura do estupro" não é uma abstração; é um mecanismo concreto que funciona em dois tempos. Primeiro, o crime em si, que majoritariamente acontece dentro de casa, cometido por alguém de confiança. Depois, vem a segunda violência: a cultura do silêncio. Onde o medo, a vergonha e a certeza de que, ao denunciar, a vítima será revitimizada – interrogada, duvidada e transformada de acusadora em acusada por uma sociedade que ainda pergunta "o que você estava vestindo?".

Foi nesse contexto que ela mirou sua crítica contra o chamado "PL do Aborto". A proposta de punir com "penas de homicídio" o aborto mesmo no caso do "aborto legal", nos casos de estupro após 22 semanas, mostrando que não é apenas uma questão política, mas um ato de profunda crueldade.

É a confirmação final de que um sistema distorcido está disposto a punir uma vítima – frequentemente uma criança estuprada – com mais rigor do que o próprio estuprador.

É o conservadorismo distorcido do Brasil de 2025, mostrando sua face mais perversa: em vez de proteger quem sofreu a violência, escolhe castigá-la novamente, insistindo em um sofrimento obrigatório.

Em essência, o que Padrão faz é um apelo urgente para virarmos esse jogo. Ela clama por uma sociedade que tenha a coragem de nomear o problema real, que pare de proteger agressores em nome de uma "honra" falsa e que, finalmente, coloque seu peso e sua compaixão ao lado de quem realmente precisa: as vítimas que carregam um trauma que a lei e o preconceito, muitas vezes, insistem em agravar.



NÚMERO DE DENÚNCIAS DE ESTUPRO DE MENORES NO BRASIL DESDE 2011.
*Este número se estima SUBNOTIFICADO!



A alarmante prevalência de crimes sexuais contra menores dentro do ambiente doméstico revela muito mais do que uma mera estatística geográfica; ela expõe um ecossistema perverso sustentado por uma cultura do silêncio e por uma estrutura social conservadora que, mesmo sem intenção, atua como cúmplice.

O agressor, longe de ser um transgressor impulsivo, é um estrategista que calculadamente se posiciona em núcleos de confiança (seja a família, a igreja ou a comunidade) precisamente porque compreende que esses ambientes oferecem a dupla proteção!

Por um lado dá acesso à vítima!

Por outro o "muro de omertá"! Que pactua a conivência e que o cercará a dispeito do que se faça!

O abusador explora a previsibilidade dos rituais familiares, a autoridade inquestionável conferida aos pais e líderes religiosos, e, acima de tudo, o tabu social que trata a sexualidade infantil como um assunto proibido. Esse tabu, que deveria proteger a inocência, paradoxalmente a desprotege: ao tornar o tema indizível, ele amarra a língua das vítimas e cega os adultos ao seu redor, criando o cenário perfeito para que a violência se instale e se perpetue longe dos olhos do mundo.

O Mecanismo de Poder e a Blindagem Sociocultural

A perpetuação desses crimes é sustentada por um sofisticado mecanismo de poder que encontra terreno fértil em uma sociedade conservadora.

Esta, ao priorizar a "honra" da família e a imagem da instituição acima do bem-estar individual da criança, efetivamente blinda o agressor e pune a vítima. A "cultura do silêncio" não é uma ausência de voz, mas uma presença ativa de mecanismos de coerção.

O agressor manipula esses valores sociais—como a sacralidade do lar, a autoridade paternal ou a infalibilidade moral do líder religioso—para invalidar a narrativa da vítima.

Frases como "não manche o nome da nossa família" ou "isso é um pecado que devemos esquecer" não são apenas manipulações individuais; são a expressão de um código social tóxico que transforma a vítima em culpada pela desestabilização da ordem estabelecida.

Psicologicamente, esse ambiente gera na criança uma profunda dissonância entre sua experiência traumática e a pressão para manter a harmonia aparente, resultando em um sofrimento internalizado que pode se manifestar em silêncio, vergonha e autodesvalorização ao longo da vida.

Em contextos religiosos, essa dinâmica é potencializada ao extremo. A figura do líder espiritual, já revestida de autoridade divina e moral inquestionável em uma sociedade conservadora, torna-se um agressor quase imune. Ele utiliza a doutrina e a fé não como escudo, mas como uma lâmina de duplo fio: para cometer o abuso, espiritualizando-o como  um "teste de fé", e para garantir o silêncio, ameaçando a vítima com o fogo do inferno ou a exclusão da comunidade.

A própria estrutura conservadora, que prega a obediência cega e a submissão à autoridade, desarma a vítima e sua família, que veem no questionamento uma falta de fé e não um ato de legítima defesa.

A cultura do silêncio aqui é sacramentada, tornando-se um mandamento religioso. A vítima é forçada a conciliar o abjeto com o sagrado, uma operação psicológica devastadora que corrói sua identidade, sua fé e sua sanidade, enquanto o agressor permanece protegido pelo manto da instituição e pelo pacto de silêncio de uma comunidade que se recusa a enxergar o mal em seu próprio altar.

O problema da violência e do silêncio institucional constitui uma patologia social enraizada, transcendendo a mera falha moral. A reforçada cultura do silêncio e a subsequente revitimização institucional atuam como sintomas de um trauma coletivo crônico, expondo uma desconexão fundamental entre a sociedade e as necessidades de proteção de seus membros mais vulneráveis. Ao silenciarmos a vítima, o corpo social involuntariamente reforça o mecanismo destrutivo que prioriza uma falsa harmonia em detrimento da verdade, garantindo que a violência ignorada se torne uma força autodestrutiva que consome a própria coletividade.

Em sua essência, essa dinâmica é sustentada pelo que eu reconheço como Esquemas Sociais Desadaptativos, caracterizados pela primazia da honra superficial sobre o bem-estar real das vítimas.

A cegueira e a inação institucional representam um "Modo de Enfrentamento" tóxico em escala civilizatória, no qual a sociedade perpetua o ciclo de violência para preservar hierarquias rígidas e evitar o conflito inerente à verdade. A ruptura desse ciclo exige, portanto, uma reprogramação coletiva profunda: é necessário substituir esses esquemas desadaptativos por uma base de proteção incondicional dos vulneráveis, validando a experiência da vítima como o ponto de partida essencial para a cura tanto individual quanto social.







Estratégias ou modos de enfrentamento (coping) são os esforços conscientes e intencionais que as pessoas usam para lidar com estresse, adversidades e desafios da vida, buscando adaptação e bem-estar. Elas podem se concentrar na resolução do problema (enfrentamento focado no problema) ou na gestão das emoções (enfrentamento focado na emoção), como por exemplo, buscar apoio social, planejar soluções, aceitar a situação, fazer exercícios físicos ou buscar distração.


 

Altas habilidades e superdotação pode ser "bom", não...

A crença de que a Altas Habilidades ou Superdotação (AH/SD) é uma garantia de sucesso é um equívoco comum e perigoso. Longe de ser um "passe de vitória", essa condição neurodivergente envolve uma série de paradoxos e desafios profundos, tanto adaptativos quanto emocionais.

O Descompasso entre Potencial e Ambiente








Frequentemente, espera-se que o superdotado seja um aluno exemplar, mas a realidade é marcada por um desalinhamento entre suas capacidades e o ambiente. Na escola, onde a padronização é a regra, a criança com AH/SD pode se sentir deslocada e desmotivada. Seus interesses intelectuais avançados e seu ritmo de aprendizado acelerado não encontram eco em um currículo rígido, levando a um ciclo de tédio, desatenção e, por vezes, à percepção errônea de que é preguiçosa ou rebelde.


Qualidades intrínsecas são, assim, mal interpretadas:

  • Rapidez de raciocínio vira "desatenção".

  • Curiosidade e questionamento são vistos como "desafio à autoridade".

  • Alta energia mental é confundida com sintomas de TDAH.

Sem o acolhimento adequado, a criança pode ser enquadrada como um problema ou, pior, aprender a suprimir suas próprias habilidades para tentar se encaixar.

A Mente Intensa

Os obstáculos vão além do ambiente externo. Internamente, a experiência da superdotação é intensa e complexa, o que pode ser explicado por alguns conceitos fundamentais:

A Assincronia: É comum que a capacidade intelectual esteja muito à frente da maturidade emocional. Imagine uma criança que discute buracos negros, mas tem uma crise de frustração por perder um jogo. Esse descompasso gera angústia e uma pergunta constante: "Se sou tão inteligente, por que não consigo me controlar?"

A Hiperexcitabilidade (Teoria de Dabrowski): Não se trata de "frescura", mas de uma forma intensificada de experienciar o mundo.

Essa supersensibilidade pode se manifestar de várias formas:

  • Emocional: Emoções profundas e uma empatia avassaladora.

  • Intelectual: Uma fome insaciável por perguntas e conhecimento.

  • Imaginacional: Uma riqueza de fantasia e pensamento visual.

  • Sensorial: Incômodo com sons, luzes ou texturas.

  • Psicomotora: Energia inesgotável e necessidade de movimento.

A Armadilha do Perfeccionismo: Acostumado a aprender com facilidade, o indivíduo pode desenvolver um medo paralisante do fracasso. Isso leva a comportamentos como a evasão de desafios, a autossabotagem (como a procrastinação) e a Síndrome do Impostor — a crença de que seu sucesso é uma fraude.

A Solidão do Diferente: A dificuldade de conexão social é real. Enquanto os pares conversam sobre assuntos comuns, a pessoa com AH/SD pode se interessar por temas atípicos, como filosofia ou astrofísica. Essa diferença de interesses, somada a uma possível dificuldade em decifrar as nuances sociais, pode gerar um profundo sentimento de isolamento e solidão existencial.

A Identificação Tardia e o Como Seguir a Diante?

Diante desse cenário, não é raro que a AH/SD passe despercebida. Muitos adultos só descobrem sua condição após uma vida se sentindo "fora do lugar". O foco excessivo nas notas altas na escola ignora os casos de "dupla excepcionalidade" — quando a superdotação coexiste com condições como TDAH ou dislexia —, onde um talento mascarado pelas dificuldades.

Portanto, a intervenção adequada vai muito além de simplesmente "acelerar" o conteúdo. É necessário um apoio multidimensional que inclui:

  • Desafios intelectuais significativos para engajar a mente.

  • Suporte socioemocional para gerenciar a intensidade de sentimentos e o perfeccionismo.

  • Mentoria e comunidade para conectar o indivíduo com pares que compartilhem interesses similares.

  • Psicoeducação para que a pessoa compreenda seu próprio funcionamento mental, transformando a luta em autoconhecimento e força.

Em última análise, a Altas Habilidades ou Superdotação é uma forma singular de ser. Reconhecer seus desafios não é negar seu potencial, mas sim validar a complexidade da experiência humana e abrir caminho para que essas mentes brilhantes possam, de fato, florescer.


https://www.youtube.com/shorts/fqVjHgUkD6Q




 Neste vídeo o psicólogo Jean relata sua própria trajetória de buscar um diagnóstico (recebendo rótulos como autismo, TDAH, TOC, bipolaridade) e como descobriu as AH, tornando-se especialista e nichando seu atendimento para essas pessoas.



CONVERSAS ANÔNIMAS: Meu amigo acredita que “nascer pobre é perpetuar a miséria”!!!

 




Tchê… vamos por partes…

O que tu descreve sobre seu amigo sugere um conjunto complexo de crenças, medos e padrões emocionais que parecem se repetir e auto justificar…

Tem estruturas que alguns teóricos chamam de “crenças” e “esquemas” e na descrição sobre o seu amigo, alguns esquemas parecem bastante evidentes:

Lendo seu relato ele parece acreditar que não será genuinamente amado ou compreendido por ninguém, a menos que tenha algo “valioso” para oferecer (dinheiro, status).

Isso pode vir de um aprendizado na sua infância onde as necessidades emocionais da criança que ele foi não foram atendidas ou foram “condicionadas” a desempenho ou sucesso.

Sabe aquela família que só demonstra atenção ou carinho se a criança fizer “X” ou ”Y”? Então… a família pode ter um discurso de gostar de todos igual, mas o pai ou a mãe (senão os dois) só fala bem do parente que tem dinheiro, ou do artista, ou do político que exalta a riqueza… E nunca deu qualquer atenção para o carinho espontâneo ou as necessidades da criança!!!

Então… em um ambiente domiciliar assim a criança “percebe” que só se ela tiver dinheiro ou bens é que ela será percebida como importante pelos seus pais…

E a criança SEMPRE quer a atenção dos pais.

Ao mesmo tempo ele se educa a crer que o medo de estar “à mercê” de agradar alguém para manter um relacionamento é uma forma de ameaça à sua autonomia!

Ele pode ter aprendido que se “relacionar” significa inescapavelmente abrir mão de si mesmo ou de ser explorado.

Sabe aquela mãe que vive falando que ela se sacrifica pelos outros e não recebe nada em troca.... bem... um dia a criança acaba acreditando no que a mãe fala!

Afinal, se ele aprendeu que se só se “tendo coisas” e “tendo dinheiro” se tem atenção de quem se ama… então TODOS que se aproximam romanticamente são pessoas que também só vão querer dinheiro e bens dele…

Da mesma maneira, ele foi educado a crer que “nascer pobre é perpetuar a miséria”

Isso também é parte do Esquema! Um esquema de fracasso, onde ELE SE VÊ como inferior ou destinado ao insucesso. Isso, certamente, deve gerar vergonha, raiva e uma necessidade obsessiva de provar valor por meio de conquistas materiais.

A gente percebe isso no medo de ser traído ou trocado por alguém “melhor”!

Ele teme isso pois como as pessoas são sempre focadas nas coisas e não no afeto… qualquer um que trouxer mais oportunidades de ganho para a parceira(o) tem capacidade de esvaziar o quão interessante ele poderia ser e essa crença alimenta uma expectativa de que os outros sempre vão feri-lo ou abandoná-lo.

As pesquisas em “Teoria do Apego” (John Bowlby, Mary Ainsworth) explica como os padrões de vínculo afetivo na infância moldam os relacionamentos adultos. Seu amigo parece apresentar características de:

APEGO EVITATIVO
- Evita relacionamentos íntimos por medo de perder controle ou ser vulnerável.
- Prefere relações superficiais ou transacionais (como pagar por sexo) para manter distância emocional.
- Vê o amor como algo que exige poder, não como troca afetiva.

APEGO ANSIOSO (em segundo plano)
- Apesar da postura evitativa, ele demonstra desejo por conexão (“vontade de namorar”), mas teme rejeição ou não ser suficiente.
- Isso gera ambivalência: quer se conectar, mas teme se machucar.

Embora tudo que escrevi NÃO SEJA DIAGNÓSTICO, seu relato sugere que ele pode estar lidando com ideias rígidas sobre classe social e valor humano: que podem indicar esquemas de SUPERCOMPENSAÇÃO POR SENTIMENTOS DE INFERIORIDADE.

"QUÍMICA ESQUEMÁTICA" ou porque frasezinha de efeito de coach não muda seu "dedo podre" pra namoro!


"QUÍMICA ESQUEMÁTICA"

Pois é, amigo... então, amiga... pode encher o perfil com "vibrações positivas" e "a lei da atração", mas se seu radar amoroso só capta sinais de gente emocionalmente indisponível ou de alguém que te trata como a segunda opção, saiba que a culpa não é do "dedo podre" – mas da sua Química Esquemática.

Esse não é um conceito mágico ou construído em uma revelação divina, mas um termo cunhado na psicologia para explicar aquela atração quase magnética (no seus termos) e, vamos combinar, por vezes... bem idiota, que sentimos por parceiros que, magicamente, reativam os mesmos padrões emocionais problemáticos que a gente desenvolveu na infância.

Em outras palavras: seu "tipo físico", perfil ideal... conjunção astral favorita, na verdade, é um "tipo tóxico" que seu cérebro, num ato de autossabotagem doméstica, identifica como "LAR".

É como se você estivesse num date e, inconscientemente, pensasse: "Ah, essa pessoa me faz sentir aquela insegurança gostosa que minha mãe me dava!

Que delícia de red flag, vou me apegar!".

Didaticamente falando, é a sua mente confundindo o desconforto familiar do esquema disfuncional com paixão.

Em outras palavras, não adianta trocar a frase de efeito do Instagram, é preciso trocar o padrão emocional que te prende nesse looping. 

O termo "Química Esquemática" é um conceito utilizado no campo da psicologia, especificamente na Terapia do Esquema (abordagem cujo o principal autor e desenvolvedor é o psicólogo norte-americano Jeffrey Young, e que é derivada da Terapia Cognitivo-Comportamental que agrega conceitos e métodos de outras abordagens, como a Teoria do Apego, a Gestalt e elementos da Psicanálise, focando-se em padrões emocionais e cognitivos de longa duração - Esquemas Iniciais Desadaptativos - e no tratamento de transtornos de personalidade e problemas crônicos complexos), e não um termo da química propriamente dita. 


Refere-se ao fenômeno de atração por parceiros ou situações que reativam padrões emocionais e comportamentais (esquemas) desenvolvidos na infância, mesmo que sejam prejudiciais ou disfuncionais. 


Os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) são definidos como padrões emocionais e cognitivos de longa duração (duradouros e repetitivos), desenvolvidos na infância ou adolescência. Eles representam temas centrais e disfuncionais sobre si mesmo e sobre as relações interpessoais, formados como adaptação ou reação a experiências iniciais com o ambiente. 


Esses esquemas surgem quando as Necessidades Emocionais Básicas da criança (como vínculo seguro, autonomia, expressão de necessidades e limites realistas) não foram atendidas de forma adequada no seu contexto bio-psico-social (a interação entre biologia, temperamento e o ambiente familiar/social).


Embora tenham se originado como estratégias de sobrevivência psicológica, na vida adulta, esses padrões se tornam rígidos e desadaptativos, atuando como "filtros" ou "lentes" que distorcem a realidade. Eles levam a pessoa a sentir, pensar e se comportar de maneiras que involuntariamente perpetuam o sofrimento e reativam as feridas originais, mesmo em situações seguras e saudáveis.

Como funciona

  • Atração pelo "conhecido": As pessoas tendem a se sentir atraídas por situações relacionais que, de alguma forma, lhes são familiares, pois ativam as mesmas dores emocionais já vivenciadas, como abandono, privação emocional ou desconfiança.

  • Repetição de padrões: Esse processo, muitas vezes inconsciente, leva à repetição de ciclos de relacionamentos problemáticos, o que popularmente é chamado de "dedo podre".

  • Busca por validação ou correção: A pessoa pode, inconscientemente, buscar parceiros que a façam reviver essas dores na tentativa de, finalmente, conseguir um resultado diferente ou uma validação que não teve na infância. 


Então, a "química esquemática" explica por que certas pessoas se sentem intensamente atraídas por relações que, no longo prazo, se mostram destrutivas ou insatisfatórias. O objetivo da terapia é ajudar o indivíduo a reconhecer esses padrões e fazer escolhas mais saudáveis. 


Abaixo estão referências bibliográficas e sugestões de vídeos, com foco em Jeffrey Young e autores brasileiros que abordam o tema.

Livros de Referência


Os principais livros do autor e de colaboradores traduzidos para o português incluem:

  • Young, Jeffrey E. (2008). Terapia do Esquema: Guia de Técnicas Cognitivo-Comportamentais Inovadoras. Porto Alegre: Artmed.

    • Este é o livro técnico fundamental para profissionais que desejam aplicar a Terapia do Esquema na prática clínica.


  • Young, Jeffrey E.; Klosko, Janet S. (2019). Reinvente Sua Vida: Como Superar Padrões Negativos e Mudar Sua Vida Usando a Terapia do Esquema. Porto Alegre: Artmed.

    • Este livro é mais acessível ao público geral (autoajuda com base clínica), focando no autoconhecimento e na identificação dos próprios esquemas ("armadilhas da mente" ou "armadilhas da vida").


  • Rafaeli, Eshkol; Bernstein, David P.; Young, Jeffrey. (2019). Terapia do Esquema: Livro de Exercícios. Porto Alegre: Artmed (ou outra editora, a depender da edição).

    • Um guia prático com exercícios para auxiliar na identificação e manejo dos esquemas. 




CONVERSAS ANÔNIMAS: Recorrentemente eu tenho a sensação de que JÁ ASSISTI OU LI ISSO ANTES!!!

 


A psicologia estuda esses eventos a décadas…

Mesmo assim NÃO TEM 100% DE CONSENSO mas o que você descreve PODE SER o tipo de desenvolvimento particular que você constituiu para “APREENDER” A REALIDADE.

Na neurologia, é chamado de “processamento bottom-up” à forma como o cérebro recebe e interpreta informações sensoriais brutas vindas dos sentidos — como visão, audição, tato e olfato.

Esses estímulos sobem até áreas superiores do cérebro, onde são organizados, arquivados e, depois, reconhecidos.

Então, Bottom-Up é a base comum da percepção: primeiro sentimos, depois compreendemos.

Mas não é a única ferramenta que temos… Já o “processamento top-down” acontece quando, depois de algum estímulo e o devido ambiente propício, o cérebro usa as memórias para estruturar ROTEIROS, que as pessoas comuns chamam de “expectativas” e “conhecimento prévio” para interpretar ou até antecipar o que está sendo percebido. Todo ser humano, desde a pré-história, se torna capaz disso.

Nosso cérebro então é capaz de absorver as informações dos sentidos e de usar esse aprendizado para antecipar o futuro.

Essas ferramentas moldam a forma como vemos o mundo, LITERALMENTE preenchendo lacunas e guiando nossa atenção.


Esses dois fluxos trabalham juntos para formar o entendimento.

O que você descreve aponta que os seus sentidos fornecem os dados, mas OS TEUS “ROTEIROS” MENTAIS — como experiências passadas, crenças e PADRÕES APRENDIDOS — ajudam a sua consciência a dar sentido e significado para a informação ANTES dela precisar ficar mais “completa”. Por exemplo, ao ver uma sombra em formato familiar, o cérebro pode rapidamente concluir que é uma pessoa, mesmo antes de confirmar pelos detalhes visuais.


MAS E VOCÊ???


Imagine que a sua mente, depois de uma vida assistindo a realidade e vivendo a vida, "criou uma pasta secreta" dentro da sua cabeça cheia de roteiros prontos.


São estruturas de histórias que se repetiram na sua vida ou que você testemunhou (filmes e leituras também serviram de fonte para isso:


O herói que sai em uma jornada…


O casal que briga para no final se reconciliar…


O detetive que está perto de se aposentar e aceita um último caso…


O cinema chama de clichê!


Normalmente as pessoas usam menos essas ferramentas... e isso é útil para se entreter com a história.


Quando VOCÊ começa a assistir a um filme novo, lê um livro novo... sua cabeça não está em branco! Pelo contrário, ela já puxa na hora o 'roteiro' mais parecido com aquilo que está vendo.


E liga os pontos faltantes!


Para sua consciência é como se você já soubesse os passos da dança antes mesmo de a música tocar. Por isso, você antecipa o que vai acontecer: seu cérebro não está adivinhando, ele está apenas seguindo o 'mapa' POSSÍVEL da história que ele já conhece de cor.


Quanto mais lógica você enxerga no mundo, mais rápido esses roteiros se encaixam e mais nítida fica a sensação de que você já sabe o final.


https://www.facebook.com/reel/1328519848909092

Escutar, Naturalizar, Acolher e Agradecer a confiança!

Escutar
Naturalizar
Acolher, 
Agradecer a confiança!

Passou a ser meu mantra na psicoterapia!

Este mantra não é uma sequência aleatória de palavras, mas um ciclo contínuo e interdependente de atitudes.

Escutar significa ir mais longe que só ouvir!

É a base de tudo. Não é sobre ouvir o som das palavras, mas escutar com todo o meu ser – a entonação da vós, as pausas, as emoções subjacentes, o corpo. É a escuta ativa e generosa.

É estar completamente focado no cliente, sem julgamento, sem preparar a resposta enquanto ele fala.

É escutar para compreender, não para responder.

É da escuta profunda que emergem as percepções para "naturalizar", a sensibilidade para "acolher" e a genuína vontade de "permitir confiar"!

Naturalizar é o antídoto para a vergonha e o isolamento meu e do outro!

Muitos clientes chegam à terapia acreditando que seus pensamentos, sentimentos ou experiências são anormais, monstruosos ou são únicos em sua "loucura".

Na Prática o que o outro sente é uma reação humana possível das muitas tantas que são compreensíveis diante do que cada um viveu.

Você não é quebrado, você não é estranho ou errado por se sentir assim!

A experiência interna de cada um merece ser entendida sem julgamento, reduzindo imediatamente a carga de culpa e solidão.

É muito natural sentir raiva, medo, desespero... quando nossos limites são repetidamente violados.

É sinal de que algo importante para nós foi ferido.

Isso já é "Acolher"!

Construir uma relação que seja um porto seguro emocional.

É a ação que segue a compreensão.

Oferecer um espaço de total aceitação incondicional.

Receber tudo o que emerge – o choro, o silêncio, a raiva, o medo – com presença, calma e respeito.

"Todo o seu ser é bem-vindo aqui. Você não precisa se esconder ou se envergonhar."

Por fim, "Agradecer a Confiança"!

Este é um elemento crucial de reparo relacional.

É um reconhecimento explícito da vulnerabilidade e da coragem do cliente.


Reconhecer o valor e o privilégio de ser depositário da história e das emoções daquela pessoa.

Isso fortalece a nossa aliança terapêutica, mostrando que o terapeuta não toma essa confiança como garantida.

É um ato de humildade e gratidão que empodera o cliente.


Juntas, essas ações criam um ciclo contínuo e fortalecedor:

O terapeuta escuta profundamente.

O que é escutado é naturalizado, retirando o fardo da patologização e da vergonha.

A experiência naturalizada é acolhida em um espaço seguro e sem julgamentos.

A coragem de se abrir nesse espaço é honrada quando o terapeuta agradece a confiança depositada nele.

Esse agradecimento reforça a segurança, encorajando o cliente a se abrir ainda mais, e o terapeuta, por sua vez, escuta com redobrada atenção...

Este mantra é meu guia, não apenas para psicoterapia, mas para qualquer um que deseje se relacionar com o sofrimento alheio (e até consigo mesmo) de uma maneira mais sábia, compassiva e eficaz.

É sobre como estar com outro ser humano em seu momento de maior vulnerabilidade.







De onde vieram, então, os conceitos por trás do texto?

 

Primero, da conversa que tive em supervisão com a professora Greice Carvalho. Obrigado professora!

Seguindo: 

"Escutar" (Escuta Ativa): É um pilar central da abordagem Centrada na Pessoa, de Carl Rogers. Para ele, a escuta empática e incondicional é o principal instrumento de cura.

"Acolher" (Aceitação Incondicional): Outro conceito rogeriano fundamental. É a atitude de receber o cliente sem julgamentos, criando um clima de segurança psicológica.

"Naturalizar" (Validação e Normalização): É um conceito muito forte em abordagens como a Terapia Dialético-Comportamental (DBT) e também na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). A ideia é de que muitos sofrimentos são respostas normais a contextos anormais, e validar essa experiência reduz o sofrimento secundário (a culpa por se sentir mal).

"Agradecer a Confiança" (Aliança Terapêutica e Reparo Relacional): A "Aliança Terapêutica" é considerada o fator de mudança mais importante na terapia, independente da abordagem, um conceito estudado por diversos pesquisadores como Jeremy Safran e J. C. Muran. Agradecer a confiança é uma forma explícita de fortalecer e cuidar dessa aliança. Também remete a ideias de ética e reciprocidade no cuidado, presentes em pensadores como Martin Buber (relação Eu-Tu).

Em resumo, a ideia central do texto é minha, no sentido de como estruturei e redigi a explicação. Mas os princípios psicológicos que dão sentido a ele são bem conhecidos e estudados há décadas no campo da psicoterapia e das relações humanas.

CONVERSAS ANÔNIMAS: "É saudável ou é insalubre a pessoa que pensa em engajar na carreira de psicologia ou psicanálise motivado não apenas pelo "auto sustento", mas pela necessidade PESSOAL de se tratar e se entender?

 

Caro Membro Anônimo, você me fez lembrar um conto que a uma grande professora me contou no exercício do chá, em Porto Alegre a uns 20 anos... A Parábola da Semente de Mostarda.

Fala de "Kisa Gotami" que era uma jovem mulher que pertencia a uma família humilde e que se casou com um bom homem com quem teve um único filho, a quem amava profundamente. Quando a criança ainda era pequena, adoeceu gravemente e morreu.

Enlouquecida pela dor, Kisa Gotami se recusava a aceitar a morte do filho e fugiu de casa carregando o corpo do menino nos braços, ela percorreu a sua vila, suplicando a todos que encontrasse por um remédio que pudesse trazê-lo de volta à vida.



As pessoas a consideravam louca, mas um homem, compadecido com toda aquela dor, sugeriu que ela fosse até o homem que as pessoas chamavam de "Buda", que quer dizer: "Aquele que esta acordado", e que estava meditando em um bosque próximo. As pessoas diziam que ele se tornara incrivelmente sábio e poderoso... Que até realizava milagres!

Ela correu na direção em que falavam que ele estava e chegando até o Buda, ela se ajoelhou e implorou: "Ó Iluminado, por favor, dê-me um remédio que possa curar e trazer de volta à vida o meu único filho."

O Buda, com grande compaixão, ouviu o seu desespero e concordou em ajudá-la. Ele disse: "Deixe seu filho aqui comigo e vá até a cidade e traga-me um punhado de sementes de mostarda. No entanto, há uma condição: essas sementes devem vir de uma casa onde nunca tenha ocorrido uma morte, onde nenhum ente querido tenha sido perdido. Peça as sementes e pergunte sobre essa condição! Quando obtiver as sementes de um lugar assim me traga!"

Cheia de esperança, Kisa Gotami saiu imediatamente. Ela bateu na porta da primeira casa e pediu algumas sementes de mostarda. As pessoas buscavam as sementes de bom grado, quando ela perguntava sobre a condição para o ato mágico funcionar: "Esta casa já foi tocada pela morte? Já perderam alguém aqui?", a resposta era sempre a mesma: "Sim, já perdemos um pai", "Há alguns anos perdemos nossa filha", "Meu avô faleceu aqui no inverno passado", "Este ano mesmo perdi alguém que eu amava... e isso ainda dói..." Assim por diante.

Todos a quem ela perguntava traziam suas histórias de dor e perdas antigas e vivas ou recentes e muito sofridas, e a medida que ela ouvia sua histórias aos poucos foi entendendo o poder da dor e da perda de cada família, de cada pessoa... e se tomando d e compaixão por cada história e cada pessoa com quem falava.

Casa após casa, família após família, as histórias se repetiam e ela percebia com um espelho da sua própria dor. Ela não conseguia encontrar um único lar que estivesse livre do sofrimento e da perda. Vila por Vila, até a percorrer toda a cidade, ela finalmente compreendeu a profunda verdade que o Buda queria lhe mostrar.

Exausta e transformada, ela retornou ao Buda sem as sementes. A sua dor egoísta deu lugar a uma compreensão universal. Ela disse ao Buda: "É impossível encontrar uma casa assim. A morte é um destino comum a todos. O sofrimento é parte da vida."

O Buda confirmou: "Naquele momento você pensava que apenas você sofria, mas a lei da vida é a mesma para todos. Tudo o que nasce está sujeito à morte (anicca - impermanência). O sofrimento (dukkha) é inerente à existência. Agora vamos dar os ritos ao seu amado filho!"

Kisa Gotami então cremou o filho, jogou as cinzas no rio e voltou para onde Buda falava para jovens aprendizes, pedindo para ser aceita como sua discípula. Ela se dedicou profundamente à prática espiritual e, diz a tradição, eventualmente atingiu a própria "iluminação".

O Buda não curou o menino magicamente. Em vez disso, ele guiou Kisa Gotami para que ela mesma visse e aceitasse a verdade da vida, curando assim a sua mente do sofrimento desnecessário causado pela negação e pelo apego.





Dito isso:




A escolha de estudar psicologia ou psicanálise a partir de um lugar de sofrimento pessoal e necessidade de compreensão não é incomum — na verdade, muitos profissionais entram na área por esse caminho.



Salvo raras exceções, os primeiros psicanalistas era todos analisandos de Freud. E a primeira forma de "formação" psicanalítica tratava de ter como regra a pessoa se por como paciente em uma terapia formal…

Daí a regra da “Análise Didática" (ou terapia pessoal obrigatória) não ser um capricho de Freud; mas a condição “SINE QUA NON” para a prática. Ele reconhecia que o instrumento principal de trabalho do analista não é uma teoria, um teste ou uma técnica, mas a própria mente do analista.

Você fala: ““A situação: pessoa que pensa em engajar na carreira de psicologia ou psicanálise motivado não apenas pelo auto sustento, mas sim pela curiosidade e necessidade.””

1º: Se há uma curiosidade genuína no aprendizado ele, para ser saudável, precisa ser distanciado da simples necessidade de segurança e controle, que é uma armadilha potencial em quem não trata da própria idiossincrasia.

Percebe?

A busca por entender a natureza da mente humana é, em si, próxima de uma busca espiritual. O estudo pode ser uma forma de "dharma", um ensinamento sobre a condição humana. Se a pessoa conseguir usar o conhecimento para desenvolver compaixão por si e pelos outros, entendendo a universalidade do sofrimento (como Kisa Gotami), o caminho será benéfico. A psicanálise veria essa escolha potencial como um exemplo clássico de sublimação.

O risco é o da intelectualização como forma de apego.

MAS ESTE RISCO EXISTE SE VOCÊ NÃO BUSCAR A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO TAMBÉM!

Uma pessoa pode — e frequentemente se encontram pessoas que fazem isso por aí — “racionalizar” e responder de forma inadequada aos outros e a vida sem nunca ter estudado psicologia.

A racionalização não é um conceito inventado pela psicologia; é A DESCRIÇÃO de um mecanismo de defesa natural da mente humana, identificado e nomeado pela psicanálise. A psicologia apenas descreve, estuda e ajuda a identificar esse processo, que já acontece com qualquer um.

O Zen alerta contra confundir o mapa (a teoria) com o território (a experiência real).

Se a pessoa estudar apenas para construir uma fortaleza intelectual que a separe da ansiedade e da dor, sem de fato se engajar com sua própria experiência, estará se afastando da iluminação. E por tabela o mesmo vale para a psicologia. É como "beber água sobre a sede de outro". Nisso a pessoa vive como uma forma de evitar olhar para o próprio sofrimento.
2º A descrição aponta para a percepção de "sempre se sentir diferente"; De Isolamento Social ou dificuldade de encontrar pessoas com quem se identifique e possivelmente de ter construído uma ferramenta emocional onde tem necessidade de controle para se sentir confiante.

Nisso a escolha pela psicologia pode ser um estilo de coping saudável. É uma maneira de a pessoa usar sua hipervigilância e necessidade de entender (um "modo esquema") para se reconectar com os outros, transformando sua dor em um propósito. É uma forma de buscar "reparentagem" pessoal, dando a si mesma, através do estudo, o entendimento e a segurança que não teve.

Coping saudável (ou enfrentamento saudável) refere-se ao conjunto de estratégias conscientes e adaptativas que uma pessoa utiliza para gerir de forma eficaz situações de estresse, conflito, dor emocional ou adversidade.

Então o perigo é que a escolha seja uma “compensação rígida”. Ou seja, em vez de curar o sentimento de incompetência ou isolamento, a pessoa se torna "supercompetente" teoricamente para mascarar a ferida, sem nunca realmente se curar.

Então você pergunta: “E então vocês diriam que isso é saudável ou não?”

A decisão de sair da reclusão e "enfrentar os desafios" para "entender as pessoas" é um movimento incrivelmente corajoso e saudável em direção a um apego mais seguro.

É a tentativa de mapear o território humano para navegá-lo com menos medo.


A carreira pode ser um "porto seguro" a partir do qual ela pode se conectar com os outros de forma estruturada e contida, o que pode ser um primeiro passo reparador.

O risco é que a profissão (QUALQUER PROFISSÃO QUE SE ESCOLHA) se torne uma forma de cuidar dos outros para evitar ter que ser cuidado.

A pessoa pode se colocar sempre no papel do ouvinte, do especialista, do forte, evitando assim a vulnerabilidade de ser a que precisa de ajuda.
Isso pode reforçar o sentimento de isolamento ("ninguém me entende como eu entendo os outros") e levar a uma solidão profunda.

Então pode ser uma tentativa legítima e admirável de cura e adaptação.
A pessoa não estaria fugindo; ela estaria se engajando ativamente com a fonte de sua ansiedade de uma maneira produtiva.

A chave para que isso permaneça saudável está na intenção e no processo!

Esta pessoa precisa ser seu próprio primeiro caso de estudo.

Ela deve engajar em terapia pessoal (seja psicanalítica, ou não, mas por via de processo formal) paralelamente aos seus estudos.

Isso transforma o risco da intelectualização em uma oportunidade de integração.

O que você acha?





A VERDADEIRA "Cultura do Estupro" do Brasileiro!

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