Pular para o conteúdo principal

Declaração Pública sobre as agressões sofrida pela minoria budista em Bangladesh

Declaração Pública

O Colegiado Budista Brasileiro, entidade que congrega as principais lideranças budistas brasileiras, vem a público lamentar profundamente e repudiar veementemente a agressão violenta sofrida pela minoria budista do Bangladesh por parte de militantes extremistas islâmicos, da qual resultou a destruição pelo fogo de vários templos com seus objetos de culto e símbolos sagrados. Os budistas não respondem ódio com ódio e violência com violência, eles se limitam a lamentar compassivamente os atos insanos nascidos da ignorância e do egoísmo do ser humano e a lembrar as sábias palavras do imperador budista indiano Açoka, que proclamava que perseguir e agredir a religião alheia acarreta danos para nossa própria religião.

Com efeito, não é através dessas atitudes violentas geradas por uma minoria de extremistas que a religião muçulmana há de angariar o respeito e a consideração a que faz jus por parte da comunidade internacional, assim pedimos que os muçulmanos de bem repudiem publicamente as ações dos extremistas. Os budistas brasileiros pedem vênia aos extremistas muçulmanos para lembrar-lhes que o próprio Alcorão Sagrado ensina que "não há imposição quanto à religião" (2:256) e para recordar-lhes as belíssimas palavras com que o grande místico islâmico Ibn 'Arabi de Múrcia (1165- 1240) celebrou sua adesão ao Amor Universal que transcende todas as diferenças confessionais e sectárias:

"Oh! Maravilha-te! É um jardim entre as chamas!
Meu coração tornou-se capaz de todas as formas:
é um pasto para as gazelas, 
um convento para monges cristãos,
Um templo para ídolos, e a Caaba dos peregrinos,
E as tábuas da Torá e o livro do Alcorão.
Sigo a religião do Amor: 
não importa o rumo que tomam
os camelos do Amor, 
essa é minha religião e minha fé."



Colegiado Buddhista Brasileiro

Diretoria

Presidente Rev. Shaku Haku-Shin
Rev. Meihô Genshô
Dhammacariya Dhanapala
Shaku Hondaku
Claudio Miklos Kômyô

Presidente do Conselho do CBB

Rev. Prof. Dr. Ricardo Mário Gonçalves

Conselho
Lama Chagdud Khadro
Rev. Monge Rinchen Khienrab
Rev. Heyla Downey
Ven. Uttaranyana Sayadaw
Rev. Shaku Sogyo
Rev. Monja Sinceridade
Rev. Coen Sensei

Aliam-se a declaração:
- Choyu Otani (Mestres das Missões da Ordem Otani-ha)
- Rinban Kensho Kikuchi (Ministro Superior da Ordem Otani-ha no Brasil)
- Rev. Ricardo Mario Gonçalves
- Rev. Hiroshi Matsuda
- Rev. Massaharu Suguiura
- Rev. Severino Sales Silva
- Rev. Leninha Brasileiro
- Rev. Hiroyuki Higashi
- Rev. Tsuyami Ueno
- Rev. Tadao Sawanaka
- Rev. Yassuo Nakashima
- Rev. Mitsue Nakashima
- Rev. Meishi Nakazawa
- Rev. Shu Izuhara
- Rev. Linda Morimoto
- Rev. Yaeko Togawa
- Rev. Minako Iso
- Rev. Kasuro Nanao
- Rev. Margarida Nakaoka
- Yuka Kikuchi
- Rev. Seigo Nawa




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONVERSAS ANÔNIMAS! VOCÊ, SEU NARCISISTA!!!

Gostaria de falar sobre esta postagem: Nada mais comum que uma postagem cheia de senso comum e conhecimento vulgar com uma compreensão enviesada do mundo. Tudo bem até aí? Só que não. Uma postagem assim além de reforçar o senso comum, lhe da uma validade. O que é ERRADO! A afirmação de que todo psicopata é narcisista é "FALSA"! E induz ao erro e preconceitos. Primeiro que não explica de que narcisismo se esta falando , segundo porque também não explica que o termo “psicopata” não é um diagnóstico válido descrito! Nem   está incluído no CID-10 e nem mesmo no DSM-5 ou em qualquer outro manual! Existe um natural "Narcisismo saudável", uma fase do comportamento que visa atender as próprias necessidades de forma equilibrada e respeitosa, sem prejudicar ou explorar os outros. Uma pessoa com narcisismo saudável tem uma autoimagem positiva, uma autoestima elevada, uma autoconfiança adequada e um nível aceitável de auto importância. O narcisismo saudável pode ser visto com

TERAPEUTAS... são imperfeitos.

  “Médicos são tão f*didos quanto nós”: como Shrinking quer descomplicar a terapia Nova série da Apple TV+ acompanha psicólogo que decide abandonar as “boas práticas” e se mostrar mais humano para seus pacientes 5 min de leitura MARIANA CANHISARES 26.01.2023, ÀS 06H00 ATUALIZADA EM 31.08.2023, ÀS 12H12 No conforto — ou seria desconforto? — da terapia, é rápido presumir que o psicólogo do outro lado da sala tem sua vida em ordem. Esta é, afinal de contas, uma relação unilateral: um revira os dramas e dilemas do passado, do presente e do futuro, enquanto o outro ouve, pergunta e toma notas. Não há propriamente uma troca — ao menos não no sentido isométrico da expressão. Porém, essa visão, corroborada por vezes pela cultura pop, não corresponde à realidade, como analisou, entre risos, o produtor, roteirista e diretor  Bill Lawrence  ( Ted Lasso ), em entrevista ao  Omelete .  “Nos Estados Unidos, quando se faz uma série sobre médicos ou terapeutas, geralmente eles não são pessoas falhas o