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Consciência da identidade Negra...


O BRASIL É UM PAÍS mestiço, biológica e culturalmente.

A mestiçagem biológica é, inegavelmente, o resultado das trocas genéticas entre diferentes grupos populacionais catalogados como raciais, que na vida social se revelam também nos hábitos e nos costumes geram - tempo presente do verbo - uma identidade nacional tão típica que é sinônimo do próprio país.

O Brasil "é" um país mestiço.

No contexto da mestiçagem, ser negro possui vários significados, que resulta da escolha da identidade racial que tem a ancestralidade africana como origem (afro-descendente). Ou seja, ser negro, é, essencialmente, um posicionamento político, onde se assume a identidade racial negra.

Identidade racial/étnica é o sentimento de pertencimento a um grupo racial ou étnico, decorrente de construção social, cultural e política. Ou seja, tem a ver com a história de vida (socialização/educação) e a consciência adquirida diante das prescrições sociais raciais ou étnicas, racistas ou não, de uma dada cultura. Assumir a identidade racial negra em um país como o Brasil pode ser um processo extremamente difícil e doloroso, considerando-se que os modelos "bons", "positivos" e de "sucesso" de identidades negras não são muitos e, quando existem, são poucos divulgados e o respeito à diferença em meio à diversidade de identidades raciais/étnicas inexiste.

100% das pessoas que me conhecem profissionalmente me consideram branco.

Mas sou mestiço.

Me considerar branco seria valorizar apenas minha ascendência alemã e luzitana.



Esta é a minha trizavó... a foto não lhe faz jus. Ela era negra forra. Portanto já fora escrava.

NEGRO FORRO
minha carta de alforria
não me deu fazendas,
nem dinheiro no banco,
nem bigodes retorcidos.
minha carta de alforria
costurou meus passos
aos corredores da noite
de minha pele.



Eu não sou branco... nem só negro... Sou um mestiço trisneto de uma negra linda, dona Amélia Pilar que já foi escrava e que deixou minha história colorida e mais bela.

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